Bloco K exige ajustes nos processos fabris e nos estoques
Transportar para o papel a posição dos estoques ou apontar nos registros dos arquivos magnéticos as quantidades de mercadorias estocadas nos estabelecimentos é um desafio diário. As variáveis que compõem os processos representados pelas anotações e pelos registros das movimentações de entradas e saídas do estoque, nas suas várias fases, são proporcionais à complexidade de cada conjunto de processos dentro de um estabelecimento, em especial os industriais.
Para todas as empresas de manufatura, os principais processos críticos que devem ser revistos em relação ao Bloco K são os de produção dos produtos acabados e do consumo das matérias primas, insumos e materiais de embalagem.
Indústrias do setor químico, por exemplo, possuem variáveis que afetam o resultado de sua produção real e diferenciam a aplicação do seu padrão de consumo estabelecido pelo planejamento. A obsolescência dos equipamentos fabris é uma causa de distorções entre o que realmente foi produzido ou consumido em relação aos registros da produção e do consumo.
Portanto, a revisão da forma de registro dos processos industriais é necessária e, se for o caso, alterações e adaptações deverão ser feitas na documentação que leva o quanto produziu e o quanto foi consumido para a informação refletir o que, de fato, foi produzido e qual o real estoque.
Antecipando isso a empresa terá maior confiabilidade nos dados demonstrados ao Fisco, pois até o momento atual as informações de movimentações internas, referentes à produção e respectivos consumos dos componentes, ficavam restritas ao ambiente empresarial e somente eram expostos no momento da fiscalização.
Os ajustes nos controles nas quantidades produzidas ou consumidas são, na maioria das vezes, consideradas normais na visão dos controladores dada as características dos produtos produzidos. Para a fiscalização, entretanto, não são normais porque todo o processo é analisado de acordo com os números informados nos arquivos magnéticos que estão sob análise.
Portanto, adiantar o tratamento a ser dado nas divergências que serão certamente encontradas nos saldos dos estoques é mais que uma necessidade no projeto Bloco K. E o empresário deve aproveitar o tempo maior dado pela legislação com a prorrogação gradativa dessa entrega.
As empresas podem antecipar as entregas do Bloco K nos arquivos magnéticos da EFD-ICMS/IPI desde já. Porém, ficarão submetidas à fiscalização normal e as evidências e inconsistências apresentadas poderão ser levadas como falta de documentos fiscais e acarretar em autuações.
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